Band acusa Abril de ter sócio "FANTASMA"

Do site Adnews.com.br
"Anunciado há cerca de um ano, um milionário negócio da mídia brasileira voltou a ter repercussão durante esta semana. A compra de 30% do capital da editora Abril pelo grupo sul-africano de comunicação Naspers está sendo investigada pela Receita Federal sob alegações de obscuridade nos termos de contrato. No total, o negócio foi avaliado em 422 milhões de dólares. Segundo reportagem realizada pela TV Bandeirantes, a empresa brasileira MIH Brazil Participações, registrada como responsável pela compra, não existe. Trata-se de uma empresa fantasma.

A equipe de TV teve acesso aos documentos que fornecem informações e paradeiros infundados, onde não se encontram sede ou funcionários, apenas o registro de outra empresa, denominada Curandéia Participações. A reportagem considera o Naspers como apoiador à política do Apartheid, responsável por implantar forte segregação racial a partir do domínio de brancos sobre negros na África do Sul.

De acordo com documentos registrados na Receita Feral, a Curundéia tem três donos. Dois deles com sede internacional. São eles a MIH (UBC) Holdings BV e a Myriad Internacional Holdings BV. A terceira é a Brian Vincent Forssman. Segundo informação da Band, o suposto capital social da empresa fantasma é avaliado em 878 mil reais. Entretanto, a cifra desembolsada para comprar parte da Abril foi de mais de 178 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 360 milhões de reais.

Ainda segundo a reportagem, o Naspers seria um dos donos da empresa fictícia MIH, que, por sua vez, indica como representante oficial no País a suposta inexistente Curundéia.


O outro lado

Em nota enviada na tarde desta quinta-feira ao Adnews, o grupo Abril considera as denúncias "improcedentes" e "infundadas" e afirma que recorrerá à Justiça contra o grupo Bandeirantes.

Leia o comunicado na íntegra:

"O Grupo Abril esclarece que são totalmente improcedentes e infundadas as acusações e imputações a seu respeito divulgadas pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação. A Abril buscará na Justiça a satisfação desse agravo contra a sua honra e o ressarcimento dos prejuízos decorrentes dessas ofensas. A empresa reitera que tem orgulho de sua independência editorial e credibilidade, e assume plena responsabilidade por tudo o que publica ou divulga. Seu compromisso foi, é e sempre será com o interesse público e a saúde das instituições do Brasil".

Marcelo Gripa - Adnews

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