Os Gráficos!

Depois dos enlouquecidos reporteres, pauteiros, fotografos, editores, publicitarios [e outros setores que compõe as empresas de comunicação], encerrar 'o dia', geralmente às 21h00 ou 23h00; longe de todo o glamour e tensão das redações dos jornais e revistas, os gráficos comandam a transformação da verdade dos interesses públicos [e privados] em materia prima expremida do dia, em paginas para consumo social.

Um video do Timesonline mostra o processo industrial da impressão de um jornal diário na Inglaterra, mas que pode ser d'O Diario da Serra, Gazeta de Botucatu, Jornal Mulher, Folha, JC.

Como se fosse celebridade, a 'diagramação' é fotografada, ou melhor digitalizada, vira matriz e vai para a impressão.

Uma operação semelhante a abastecer canhões de navios, com bombas,[na verdade chamam de 'bobinas' de papeis]; assim começa o primeiro disparo da força da informação.

No clip abaixo, há uma musica 'classica', que dá o toque de nobreza à produção de informação, mas na verdade é um ambiente insalubre, barulhento e que gera muitas particulas suspensas. Mas mesmo assim, lá estão eles, os gráficos com suas potentes máquinas.

[youtube.com]

Dá saudade dos tempos em que alguns bons jornalistas não encerravam o dia, sem antes bajular os gráficos, para liberar uma edição 'fresquinha', ler duas vezes e reclamar do corte que aquele 'filhadaputa do editor' fez em tua materia, para 'enfiar' uma merda de publicidade, ordenada pelo dono do jornal. É 'filadaputamesmo'.

Já tiraram o barulho das teclas das remingtons e olivettis das salas poluidas com fumaça e cheiro de cigarro. Já tiraram a 'pica' das mesas de 'pestape', aliás essa mesa de colagens deliciosas de papeis já foi digitalizada. A 'pica' ou 'paicas' resistiu escondida como 'travesti' virtual nas redações, depois que inventaram o 'Ventura' [nos antigamentes] e o PageMaker/InDesigner, etc.... Agora é tudo no dedinho.

Antes era a mão inteira e as vezes o cotovelo, para apoiar a página diagramada, finalizada, daquela cola pritt, que colou uma outra página 'fechada'. Depois era 'fotografado' para o fotolito.

'Paicas-ou 'picas'' era tudo, que todo reporter possessivo com seu texto tinha de entender, quando estava produzindo a materia e queria evitar cortes do editor: Trabalhar toques e espaços com as palavras certas, inclusive matematicamente.

Que bom, agora eles estão inventando uma forma nova de fazer jornal e levar a informação. Logo logo ninguem vai abastecer as bobinas, vai tudo pelo fio mesmo...Enquanto isso, recicle o jornal e revista velho:

[do youtube.com]
::
:: KILLING ME SOFTLY
::

[lauryn hill/fuggees, killing me softly]
Strumming my pain with his fingers
Singing my life with his words
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly, with his song

I heard he sang a good song, i heard he had a style
And so i came to see him, and listen for a while.
And there he was, this young boy, a stranger to my eyes

Strumming my pain with his fingers
Singing my life with his words
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly, with his song

I felt all flushed with fever, embarrassed by the crowd
I felt he found my letters, and read each one out loud
I prayed that he would finish, but he just kept right on

redacao@entrelinhas.com

Comentários

  1. Não sou do tempo das remingtons nas redações e nunca fui adepto ao fumo. Mas o avanço na produção de jornais na década de 90 é aparente. Foi tudo muito rápido. Atualmente até a figura do diagramador está sendo deixada de lado, virou um organizador de assuntos na página, já que a produção do repórter (pelo menos comigo), passou a incluir fotos, em alguns casos, e a pré diagramação. A produçaõ está enxuta para os empresários e carregada para os repórteres que trabalham em dobro e por conta da tecnologia não percebem, ou se adaptaram a esse novo tempo.
    Ainda me lembro quando a internet entrolu nos meios de comunicação, na antiga redaçaõ do Diário da Serra, no prédio ao lado do Municipal, formava um bolo de pessoas ao redor do micro para admirar a nova "caixinha de fazer doidos", e olha que o html era horripilante páginas horríveis e agora está tudo fácil. Tudo alí, mastigado e garantindo a prolitferação do Ctrl+C / Ctrl+V, atitude abominável e muito praticada. Os arquivos de matérias era algo horrível, hoje temos os blogs que, se não atrai leitores servem ao menos de bom banco de dados. jornalistas de ontem não viviam sem as remigntons e os de hoje não vivem sem o google, e os de amanhã..... Para onde vão????

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