Rabino 'doidão' morre em NY

Como anunciou o site da radio KCRW e o New York Times, morreu no dia 20, em seu apartamento, o rabino Lionel Ziprin, que por gerações influenciou jovens e velhos progressistas americanos.

Nascido em 1924, foi um religioso e poeta que teve a ousadia de fazer um trabalho continuo com mais de mil páginas. Desejava reduzir sua poesia para 785 páginas. Ziprin classificava seu trabalho 'Setential Metaphrastic' como a 'mais longo e entediante poema desde Milton em Paradise Lost'. Ele ria de si mesmo.

Tinha doneça pulmonar cronica e morreu no seu apartamento, aos 84 anos. Durante anos aglutinou poetas, musicos e intelectuais em boemias culturais, como Bob Dylan Thelonios Monk e o fotografo Robert Frank entre outros que circulavam em seu apartamento.


[songs for schizoid siblings: lionel ziprin e leyna d'anconda]

Suas longas pregações, informa o New York Times, eram repletas de citações sobre magia, ritmos interplanetários, aparição de anjos, muito comuns na cultura judaica.

Ele também é considerado o 'pastor' da geração beat, graças ao seu conhecimento na cabala e por estimular alucinações e as visões, com uso de anfetaminas.

Defensor dos direitos coletivos e individuais dos cidadãos -negros, mulheres e homossexuais-, deixa de seu casamento com a bailarina Joanna Eashes, falecida em 1994, as filhas Zia, Dana e os filhos Leigh e Noé, além de 3 netos, que tiveram um vô muito doidão.

"Eu nunca fui preso.
nunca fui institucionalizado.
Eu tenho quatro filhos.
Estou recebendo os benefícios da seguridade social.
Eu não sou um artista.
Eu não sou um outsider.
Eu sou um cidadão da república
e permaneci anonimos todo esse tempos por opção"

site da radio kcrw com um especial sobre o rabi, [ingles]

site em homenagem a ziprin [em ingles e portugues]

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